A Escola Primária de Outeiro (Concelho de Sertã), foi inaugurada em 1959. Segundo testemunhos da população local, esta escola funcionou durante 50 anos (de 1959 a 2009), tendo depois dessa data sido apropriada pelos residentes locais para diversos propósitos como, por exemplo, as aulas de ginástica sénior (dinamizadas pela autarquia) que desde 2012 passaram ali a funcionar. Segundo vários moradores da aldeia, a escola chegou a “estar para venda”, mas a população desaprovou este negócio e juntou-se para impedir que este edifício público passasse a ser propriedade particular. Foi assim que há cerca de 3 anos (por volta de 2017) se fundou naquela aldeia a ADOC – Associação Desportiva, Recreativa, Cultural de Outeiro e Calvos.
Em fevereiro de 2017, uma notícia da imprensa regional dava conta de que a antiga escola do Outeiro servia as funções de “lar” para “dois refugiados eritreus” acolhidos pelo Município da Sertã em Dezembro de 2016.
Até 1959, as aulas da escola primária de Outeiro decorreram em duas casas particulares, ambas pertencentes ao Sr. Joaquim Pedro que, a pedido das autoridades locais, terá cedido ambos os edifícios para esse efeito. Lília Fátima, nascida em 1944, neta de Joaquim Pedro e atual proprietária destes edifícios, chegou a fazer a sua 4ª classe no último ano de funcionamento dessa antiga escola primária (1959), e lembra-se de ter tido como professor “o regente Caires”. Mas não sabe em que data o seu avô terá cedido estas casas para esse fim, nem se lembra de quando terá a escola iniciado funções. Por sua vez, o Sr. Fernando Serra (esposo de Lília), lembra-se de ter entrado para esta escola em 1951, e foi aluno do professor Joaquim Carlos Amaro Barata (oriundo de Tinalhas, Alcaíns). Além deste edifício, que hoje se encontra inabitável (e que os seus proprietários utilizam como arrecadação), a escola primária chegou também a funcionar no edifício (situado na mesma rua) que hoje é habitado por Lília e Fernando.